domingo, 25 de julho de 2010

A vida

A vida
É uma interrupção no silêncio abissal
É um relâmpago estrondoso
Na tempestade eterna
Multiversal
É uma vibração assíncrona
É uma mão, uma pena
A vida é o que se passa
Entre o microscópio e o telescópio
Inventados e esquecidos
Para sanidade dos mortais
A vida dissipa-se
Na inconsciência frequente das partículas
Fusão, confusão, separação
Dito isto
Amo as gotas de água
E bebo sofregamente
A que vem torrencial
Inundar a minha mão