segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Saudade

Respiro essa mistura transparente
Que ficou dando guarida aos meus sonhos
Esqueço a morte de que não gostas de ouvir falar
Viajo entre a noite e o dia
(passou a noite nenhuma ave me encantou
Passou o dia nenhuma luz me siderou)
Saudade
E o que é a saudade?
O que grita com as lágrimas?
O que ri a bandeiras despregadas em espasmos de paixão?
A chuva e nós abrigados desta imensidão?
Jarras sem flores à tua espera?
Desejo do paraíso onde perdemos a razão?
Regresso a um ponto comum no universo?
Os dois de novo
(dá-me a tua mão andemos mais devagar quero saborear gota a gota este silêncio de encantar)
Sim
Esta forma de amar
Esta ideia de viver
Sem solidão

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Um desejo inesquecível de amar

Porque há um desejo inesquecível de amar

Mesmo quando o sol se esconde

E aos nossos olhos nada se insinua

Porque apenas vislumbramos sinais do Outono

Na cidade silenciosa e nas suas flores hesitantes

Terreiros de folhas amarelas e húmidas

Nas árvores o vermelho que engrandece o entardecer

Porque cai o dia

Com seus ruídos sonantes

E cresce em mim

O desejo de te reencontrar

Numa praia

De areia sonora

As ondas iam e vinham

Posavas para as fotografias que não querias

Mas havia no ar uma aragem de felicidade

Porque colada ao sol da antiga puberdade

Eras mais que um sonho

Nos meus braços

Existias