Inclino-me para o verbo
Como para uma tábua de salvação
Há pássaros lá fora
Viajando em seus destinos circundantes
Há flores que crescem e apodrecem a toda a hora
Há seres
De todas as espécies onde a existência mora
Inclino-me para o verbo
Peço ao sol mais luz intemporal
E à chuva uma tempestade na proa do vento
Que agite os meus demónios
E liberte meus anjos
Do seu trânsito sem destino
Viajamos nesta nave espacial que por vezes abomino
Porque me leva até à ignorância de mim mesmo
Àquele limiar
Onde a faca corta o cordão
Umbilical
E um homem fica assim desnudo
De corpo e alma
Nesse desejo de viver quase imortal
Inclino-me para o verbo
Como forma de sobreviver
A todo o mal
Lindissimo!
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