Que suavidade mórbida
Quando amanhece
Neste murmúrio silencioso
Do ano a dealbar
Não há palavras
Para te convocar
Nem espero que fales
Em teus contornos imaginados
Amanhã
Sei que bastará um olhar
Para te reencontrar
Mais tarde
Viverei o que pensas
Agora
Não fales por favor
Assim poderei acordar
Na visão obsessiva da vida
Onde impera zeloso o amor
Quando amanhece
Neste murmúrio silencioso
Do ano a dealbar
Não há palavras
Para te convocar
Nem espero que fales
Em teus contornos imaginados
Amanhã
Sei que bastará um olhar
Para te reencontrar
Mais tarde
Viverei o que pensas
Agora
Não fales por favor
Assim poderei acordar
Na visão obsessiva da vida
Onde impera zeloso o amor
Porquê a morbidez a te envolver?
ResponderEliminarApareces ou não, tal como és;
teremos sempre de ser
apenas
quem nós somos,
se quisermos, voltando
ou tudo abandonando.
Será mesmo que sou
num eco de saudade
da palavra escrita
ou da que, interdita,
ficou por escrever?
Que importa se mentira, se verdade!
No meu texto a palavra como que escorria,
as teclas dedilhando.
E era ruído o som que eu ouvia?
No entanto, voltaste
E, em texto musicado as entoando,
as palavras transformaste.
E tão lindas ficaram nos teus poemas!
Que importa, pois,
se falava verdade no que se dizia
ou se mentia!
Era a saudade,
da palavra.
E aconteceu poesia.