quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

SEMPRE DIFERENTE


Hoje o dia amanheceu como qualquer outro dia
Reparei que o jardim estava cinzento
O que não é habitual neste jardim
Então por isso
O dia não amanheceu como qualquer outro dia
Também a música da manhã
Celebrava a morte de Mozart abria com o “Requiem”
Sentia na jugular que o coração batia
A manhã, vendo bem
Não era igual a tantas outras
Depois dizem-me da morte de Joaquim Benite
Tristeza enquanto pensava no Teatro de Almada onde ia há anos
A manhã
Diferente de todas as outras
Única
 
Como todas as manhãs do mundo
Nada se repete
Por muito que o dia pareça amanhecer como qualquer outro dia
Hoje
 
Pela manhã
O jardim estava cinzento
O “Requiem” de Mozart jugulava o meu sentimento
Joaquim Benite nunca mais iria encenar no Teatro de Almada
O dia estava diferente de qualquer outro
Uma suave sensação 
de Nada

2 comentários:

  1. Boas Festas com muita saúde, fundamental para alcançar as outras coisas boas.

    Tudo de bom para ti e os que te são queridos

    Nota: Estamos todos a morrer, uns mais depressa do que os outros, mas estamos sempre a caminho da morte, desde o dia em que nascemos. Por isso, vamos lá a gozar as pequenas coisas (se não tivermos as grandes) como se fosse a última vez.

    Veijios

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  2. Todos estamos sempre a morrer, Joaquim Benite morreu naquele dia e naquele dia isso fez a diferença...Beijos

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