sexta-feira, 4 de maio de 2012

Intermezzo na tua condição...


Intermezzo!
É apenas uma interjeição receosa
Que te surpreende no espaço
Onde tudo regressa
Na sua forma vagarosa?
Ou nessa crescente palavra que em ti se confessa
Há agora uma certeza em suspensão
Uma dúvida metódica sobre o ser
E a sua condição?
É a banalidade o vício de forma da virtude
Ou a sua execução?
Podes voar sem olhar, sem garantir
A delicada compreensão?
Ou riscos e angústias
Podem esperar-te em cada imaginada estação?
Queres repousar com as tuas dúvidas
Adornado das tuas fraquezas
Sem esperar nem pedir nenhum perdão
Não te podes submeter
A nenhuma moral que apodreça na tua mão
Porque é dessa impune subtileza
Que depende complicada
A tua condição
E a liberdade te concede
A sua dignidade
A vida a sua beleza
E o momento a sua verdade

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