quarta-feira, 1 de setembro de 2010

E no entanto vivemos...

Escreves
O que te ditam sonhos multicolores
Publicas
Por canais azuis
Calmos ou trepidantes
Ou simplesmente
Em folhas de papel como dantes
Ninguém te conhece
(os que se lembram de ti não sabem quanto mudaste
nem te reconheceriam em nenhuma circunstância)
Um dia
Deixas de escrever
(Essa forma de respirar sempre ofegante)
Quantos seres perguntarão por ti?
Alguma célula fora do teu corpo
Se agitará de per si?
Não nascemos para sermos reconhecidos
Nem aos nossos próprios olhos
E no entanto vivemos
Oh! Se vivemos...

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