quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Tentativas do Ser

Quem tem cabeças abertas
Sem autorização de ninguém
Afirma que apesar de tudo
E da "grande confusão"
O homem é um ser com sorte
Consegue só percorrer
Sem destino e às vezes mudo
Um caminho até morrer
Dando-se ares de eleito
Aparências de perfeito
Enganando até o deus
Que inventou para se explicar
Da incoerência do Ser
Dos longos disfarces do Ter
Vive cansado do temor
De mundos que nunca existiram
Vive em profundo terror
Imagens que o confundiram
Afinal não vale a pena
Realçar o sofrimento
Neste breve súbito instante
Naquele impreciso momento
Tudo se dilui na confusão
E a chamada Existência
É apenas disfunção
(Reflexão sobre afirmações de Manuel Damásio que relatava as suas recentes conclusões sobre "o que vai no cérebro do homem")

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