quinta-feira, 4 de março de 2010

É no teu olhar que me reconheço...


“É no teu olhar
que me reconheço”
Disse-te um dia
Por isso agora
Que já não estás
Procuro nos espelhos
Antigos e difusos
Da casa vazia
Uma razão de ser
Para tudo isto
E sem querer
Olho
Não resisto
E vejo a clivagem
A portagem
De mundos esotéricos
Pensares profundos
E periféricos
Agonizantes
E porque não posso
Reviver-te como antes
O meu ser
Não é visto
E vivendo embora
Não existo

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