Momentos sem espessura
Como um balão
Que se perde em altura
Existe e não se vê?
Viver é o quê?
Sinto no coração a ternura
E o batimento
Que ao momento me segura
Resume a consciência do vento
Que passa
O que é o tempo?
Corrente da consciência
Percepções que fixo em sequência?
Com os olhos fechados
Os sons adormecem os ânimos
Memórias condescendentes
Vivo uma vida imprecisa
Vazia de antecedentes
Como um balão
Que se perde em altura
Existe e não se vê?
Viver é o quê?
Sinto no coração a ternura
E o batimento
Que ao momento me segura
Resume a consciência do vento
Que passa
O que é o tempo?
Corrente da consciência
Percepções que fixo em sequência?
Com os olhos fechados
Os sons adormecem os ânimos
Memórias condescendentes
Vivo uma vida imprecisa
Vazia de antecedentes
Escrevo!
ResponderEliminarNem pessimismo nem optimismo!
Chega-me a realidade que confronta com os sonhos
Porque “vivo uma vida imprecisa”
Embora não “vazia de antecedentes”
Mas num “improvável presente”...
A primavera só já é Primavera
De flores orvalhadas
nas minhas mãos cansadas.
Escrevo!
Para quem?
Serei também na escrita
Neste mesmo instante
Por quem por gosto ou desgostosamente
Me soletra
E que nem sei como me interpreta
De mim distante?
Traduz-me realmente
Ou como eu
De mim ignorante?
PS- Não sei bem se faz sentido, o que quero dizer... o que eu devia era não escrever! Gostei do que li de si.
Escrever ou não escrever
ResponderEliminarNão parece a questão
Nem se inscreve um dever
Espécie de obrigação
Na urgência de viver
Na emocionante pulsão
De pensar e de o dizer
Enquanto bate o coração
Não há mais nada a fazer
Em sua substituição
Que nos garanta o prazer
E da vida que nos resta
A sagaz fruição