sábado, 10 de abril de 2010

A vida contém a morte

A vida contém a morte
Nas suas vibrantes pulsações
Persistente
Habitamos um mundo de ilusões
De uma eterna realidade
Inexistente
Este labirinto
É a minha casa?
Enfrento zeloso
Esta solidão pungente?
Vivo um sonho esquisito
Até chegar à velha mesa
Agora só acredito
No que não vejo
Só na imaginação
Reside esta certeza
Nostalgia do futuro
Onde não vou viver
Regresso
Esperam-me ruínas?
E dessas paredes destroçadas
Conseguirei resgatar emoções?
Pelas frestas derrocadas
Ouvirei ainda os suspiros
Sem tempo
Ou será tarde demais?
E virei assistir
À total inquietação
Da memória insana
Que assim se esgota?
O céu está vermelho
Sinto-me à solta
Nesta história de memória
Que resiste absorta

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